sábado, 20 de junho de 2009

Ao me tocar


A cada palavra que soa entre os seus lábios posso sentir o ar que me falta ao te ouvir. O timbre inebriante de sua voz me faz querer me entregar ilegalmente ao impossível. Quando censurar seus olhos ao me tocar, sinta nascer entre nossos corpos o devaneio do fruto em que entre nós foi proibido. Tenha-me como puder. Quando os ouvidos me taparem, abrirei meus olhos e a luz da esperança que incendeia os desesperados, me fará ver o encanto em sua face. Sondar o caminho por onde você passa é como entrar em sintonia no melodrama incessante de Shakespeare e descobrir que nesse teatro o espectador é minha realidade enfadonha. Tenha-me como puder.

Vitor Galles

3 comentários:

  1. "a luz da esperança que incendeia os desesperados" Muito bom, hein? Fiquei chocada!

    ResponderExcluir
  2. tem como não amar essas palavras maravilhosas que vc nos mostra...

    continue a escrever bem assim

    ResponderExcluir