terça-feira, 14 de abril de 2009

Divã das bestas




        Venha me possuir meu anjo mau, siga o meu caminho pecaminoso e os ventos revoltos que carregam meu feromônio. Encontro-me no pico da montanha, deitada no divã daqueles que um dia brincaram e gozaram a vida. Leve junto de ti, todos os seus desejos que o seu corpo sonha em realizar.
        No divã das bestas, pega-se fogo, exala-se o cheiro da sedução. Verás as linhas e traços do meu corpo nu, que lhe espera pronto para que a fome do seu desejo eu sacie.
        Saia do seu celibato, largue toda a sua castidade e devora-me vorazmente. Apalpe os meus seios, acaricie minha fenda, lubrifica-me com a tua saliva. Vagarosamente, sinta o calor interno do meu corpo. No galope de um cavalo, ejacule o seu líquido sagrado.
        Saciado, sinta-se à vontade para voltar aos céus que lhe guardam.

2 comentários:

  1. Nossa, adorei o poema. Dá a impressão de um sexo não carnal ou que vá mto além da carne.

    Parabéns!!!

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  2. muito bom mesmo!
    vc vai pra frente com isso, nasceu com o Dom!

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